sexta-feira, 16 de setembro de 2011

TRÊS DIAS E FINALMENTE CONFUSÃO, DESCULPEM-ME, LIMA.

Dia 14/15-09. Quando saímos  de Trujillo o tempo estava fechado e garoava um pouco, em poucos minutos juntou-se à garoa uma densa neblina que não nos permitia ver muito longe. Essa situação demorou pouco, pois embora o sol não tenha se mostrado, a garoa e a neblina foram embora, mas não o frio, a temperatura andava na casa dos 13/14 graus. E as roupas de frio guardadas. Embaixo desse clima frio e cinza avistamos pela primeira vez o Oceânico  Pacífico, distante, gelado e cinzento. A estrada continua maravilhosa e podemos observar nas suas laterais o deserto produzindo alimentos, são muitos os projetos de irrigação implantados nessa região e vão desde cana-de-açúcar até hortaliças. Infelizmente novamente nosso destino não foi atingido, uma parada técnica nos obrigou a passar o restante do dia em um lugar chamado Santa.
Parados em um posto 10 km antes de Santa
Santa, vista da janela do hotel onde estávamos.
No dia seguinte a coisa mudou para pior, pois a garoa ficou mais constante, o frio aumentou e a cortina de neblina insistia em nos acompanhar. Em muitos momentos avistávamos o pacífico em panorâmicas dignas de algumas fotos mas o frio, a garoa e o dia cinzento não nos davam trégua. A viagem seguia tranqüila, estrada boa, agora sem garoa, trânsito tranquilo e muita polícia carretera nos observando. Epa! Falei polícia? Pois é, veio então a nossa primeira decepção com o Peru, a já famosa polícia corrupta desse país resolveu nos tomar alguns soles. Sem estar de posse de um radar nos acusou de excesso de velocidade, ameaçou nos multar em S.432,00, cada e também apreender nossas habilitações e nós argumentando e solicitando nossa liberação. Ele fazia toda aquela cena característica de quem quer te ferrar até se oferecer para resolver as coisas ali mesmo, pediu S.250,00, ofereci S.100,00 e terminou em S.150,00. Fiquei muito chateado com essa situação e até pensei em sair daqui mais rápido que o programado. Próximo a Lima pegamos uma neblina fechada, como nunca tinha visto antes, e durante uns quinze minutos pilotamos quase às cegas sob muito medo e tensão, pois naquele ponto a estrada era em descida e com curvas, mas para nossa sorte duplicada. Em seguida o fechamento do dia: o trânsito de Lima. Não vou nem tentar descrever essa confusão, posso dizer apenas que é o pior trânsito no qual já pilotei algum tipo de veículo, é pior que na Índia, tendo em vista que lá as pessoas se respeitam.
Qual a semelhança entre as máquinas?
Dia 16-09. Reservamos o dia hoje para duas coisas: revisar as motos na BMW e consultar um médico daqui sobre a situação do Wyle.  Entramos em contato com um motociclista daqui, Jorge Lira, e o mesmo se prontificou a nos acompanhar e ajudar a dar uma solução para o problema na saúde do Wyle. Fomos sozinhos para a BMW, guiados pelo GPS, e lá aguardamos a chegada do nosso amigo Jorge, que é um senhor muito simpático, atencioso e prestativo. Ficou conosco até o atendimento médico terminar e depois nos levou para almoçar em um ótimo restaurante, mais tarde nos deixou novamente na BMW, onde nos despedimos. São pessoas como esse novo amigo que fazem do motociclismo um estilo de vida. De volta ao hotel pegamos um taxi e fomos passear pelo centro histórico de Lima, já era quase noite, mas valeu o passeio. Amanhã seguimos para Arequipa e meu companheiro parece estar novamente em forma para enfrentarmos esses novos caminhos. Que Deus nos guie proteja.
Com nosso amigo Jorge e Dayse.
Uma pose para provarmos que estamos aqui sim senhor.


3 comentários:

  1. Vero tenha bastante atencao e muita prudência
    nas estradas, pois os risco de acidentes sao grandes. Mas, com certeza Deus esta sempre ao lado de vcs. Estou torcendo para que a viagem de vcs transcorra com tranqüilidade e volte para os seus amigos que te amam. Fatima manda um beijo, ela também esta acompanhando a sua viagem, embora não esteja conseguindo postar comentário. Ela vai mandar e-mail para vc.
    Bjos
    Jane

    ResponderExcluir
  2. Grande Verô,

    Acompanho diariamente suas notícias. Estou torcendo que vocês superem todos os desafios.
    Quanto à nossa viagem, incluimos no roteiro suas sugestões (Serra do Rio do Rastro e San Pedro de Atacama/Salta...)
    Já estamos no Brasil (Foz do Iguaçu), após 13.000 km rodado. Duas travessias da cordilheira dos Andes. Uma, ao sul (Bariloche/Osorno), por um corredor de neve/gelo que chegava aos 3 metros de altura. Outra, ao norte de Chile/Argentina, passando pelo deserto de Atacama, enfrentando frio de até 10 graus negativos, a 4.800 metros de altura, e descendo por uma incrível estrada que serpenteia pelas encostas da montanha (cenário que você bem conhece). Valeu a pena.

    Abs. Moura

    ResponderExcluir
  3. Amigão, continuamos aqui acompanhando diariamente, e torcendo por vcs... o wlly é um gerreiro, esta pedra nos rins é de lascar...mas o rapaz tem um nome forte...

    Que o supremo criador continue iluminando os caminhos de vcs...

    Grande abraço...Tchê...

    ResponderExcluir